Viajamos pelas rodovias com muita frequência e nem sempre nos atentamos do motivo ou justificativa da numeração das rodovias. Percorremos diversas rodovias como a Bandeirantes (SP-348) ou a BR-116, sendo que as justificativas para a numeração das rodovias do Estado de São Paulo são diferentes das rodovias Federais.

Vamos analisar as rodovias do Estado de São Paulo, que tem por base legal o Decreto 49.476/15 do Governo do Estado de São Paulo.

Primeiro ponto é entender o que se trata de uma rodovia. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, em seu anexo I, rodovias são vias rurais de rodagem pavimentadas, destinadas ao trânsito rápido e a interligação de localidades.

Adentrando a nomenclatura, a informação primordial é que o ponto de partida é a Praça da Sé na cidade de São Paulo, sendo este o marco zero para identificarmos todas as rodovias. Tendo o conhecimento do marco zero, vamos esclarecer cada tipo de rodovia.

Rodovias radiais: são aquelas que ligam a capital ao interior/litoral. São representadas pelo número par do ângulo a que a rodovia está do marco zero. Então ao trafegar por rodovias pares, ou estamos nos aproximando ou nos afastando da capital, sendo que a quilometragem se inicia na capital. Portanto, se estivermos em uma rodovia par com a quilometragem crescente significa que estamos nos afastando da capital, por exemplo.

Rodovias transversais: são as que “cortam” as rodovias radiais, ou seja, transitam dentro do Estado sem se dirigir para a Capital. Tem a numeração atribuída a partir do número ímpar que corresponde à distância média entre esta rodovia e a Capital. A quilometragem das rodovias transversais tem a numeração mais baixa o quanto mais perto da Capital estiver.

Marginais: recebem numeração baseada na rodovia radial ou transversal que as origina. Para identifica-las, acrescenta-se a letra M após o SP, restando SPM. Portanto, uma marginal da Rodovia SP-330 será a SPM-330. Recebe ainda o complemento das letras D ou E caso estejam a Direito ou a Esquerda da rodovia, sendo que as a quilometragem é crescente no sentido direito. Nos exemplos abaixo temos SPM-330-D e SPM-330-E

Acessos: como diz o nome, são acessos das rodovias aos centros urbanos. São codificadas pela sigla SPA, acrescido no quilometro que está interligado na rodovia mais a numeração da própria rodovia. Para explicar, temos o SPA-253/300, que é o acesso ao município por meio da SP-300 (com saída no km 253 da rodovia SP-300).

 

Interligação: parecidos com os acessos, as interligações são utilizadas para ligar duas rodovias (ao contrário de rodovia/cidade no caso dos acessos).

A nomenclatura é motivada igual os acessos, porém com a letra I após o SP: SPI-084/066 (interligação das rodovias SP-066 a SP-070), tendo por início o km 084 da SP-066.

Para atribuição da rodovia prevalecente, temos a seguinte ordem:

– entre duas radiais: receberá o km e o código da SP de menor código;

– entre radial e transversal: km e código da radial;

– entre duas transversais: km e código da rodovia de menor código.

Dispositivos: são complementos destinados a conectar duas rodovias, recebendo a nomenclatura de acordo com o km da rodovia que prevalece (assim como as interligações). Recebem a letra D após o SP para identificá-las. Por exemplo: SPD-075/463 (dispositivo no km 75 da rodovia SP-463). A nomenclatura segue os mesmos preceitos das interligações (radial prevalece sobre transversal).

Fontes: DER/SP e Plamurb